ANE forma novos agentes populares ambientais para a ESEC Caetés

A Associação Águas do Nordeste (ANE) formou novos agentes populares ambientais através do Curso de Formação de Agentes Populares Ambientais da Estação Ecológica (ESEC) Caetés. As aulas reuniram 36 pessoas entre os dias 2 e 6 de dezembro na Associação de Moradores de Caetés I, em Abreu e Lima (Região Metropolitana do Recife). Cada um trazia uma relação diferente com o meio ambiente, mas todos tinham apenas um interesse: ajudar na conservação da Estação Ecológica de Caetés.

Uma das pessoas que topou o desafio de ser uma agente popular ambiental foi a técnica em saneamento ambiental Maria Fernanda do Nascimento, de 26 anos. Embora atue como assessora técnica na Secretaria de Meio Ambiente da cidade de Paulista, ela não conhecia muito bem a ESEC. Para ela, o curso foi uma oportunidade de conhecer melhor a área, ajudar na conservação da unidade de conservação e aprender mais sobre recursos hídricos, resíduos sólidos e educação ambiental.

Ao contrário de Maria Fernanda, o artesão Joás Freires visita a área com mais frequência e aprendeu com o curso importantes conceitos das Ciências Biológicas, área que pretende estudar e atuar como biólogo. O curso tinha em sua programação temas que o artesão Freire gostaria de aprender, como biodiversidade, recursos hídricos, resíduos sólidos, mas também tratou sobre a história da ESEC, Educação Ambiental, Sustentabilidade, Áreas Protegidas e Unidades de Conservação.

Para a conselheira gestora da Estação Ecológica de Caetés, Lidiane da Silva, de 36 anos, o curso é motivo de esperança em relação à conservação e ao respeito à natureza. “Infelizmente, temos uma dificuldade em mostrar às pessoas que vivem no entorno a importância da preservação e da conservação e o curso veio para facilitar e ensinar a melhor maneira de abordar esses assuntos”, destacou. De fato, o lixo presente na área de amortecimento da ESEC é preocupante, prejudica não só a flora, mas a fauna, o solo, a água e o meio ambiente em geral.

Para a técnica em saneamento ambiental, o que está por vir é desafiador. “A Cipoma [Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente] precisa voltar a atuar na fiscalização, precisamos atuar junto aos moradores, aos presídios, conscientizar as pessoas e trabalhar a unidade de conservação na cabeça das pessoas”, enumerou. Em sua análise, existe uma luta dos moradores da comunidade em manter o local como área de preservação, entretanto hoje esse mesmo grupo precisa de mais força para manter a ideia a unidade de conservação viva.

Para a conselheira, a aproximação com a comunidade pode ser um fator positivo do curso, uma vez que os conteúdos, a troca de conhecimento e a aproximação com pessoas as comunidade e do governo municipal gerou uma abertura de diálogo. “Abordá-los será mais fácil com essa relação construída”, acrescentou. Além da aproximação para somar forças em torno da ESEC, os agentes populares ambientais também planejarão intervenções nos dias 17 e 19 de dezembro. As ideias não faltam. O grupo pensou promover o diálogo por meio das redes sociais, abordar o comércio sobre reciclagem do lixo, lutar pelo aumento da coleta seletiva, realizar ações de educação ambiental e limpar a área que está suja. O meio ambiente agradece.

Projeto – O Curso de Formação de Agentes Populares Ambientais da Estação Ecológica (ESEC) Caetés é uma ação do Projeto homônimo desenvolvido no âmbito do Termo de Colaboração nº 07/2017 (CPRH/ANE) e financiado com recursos oriundos da Compensação Ambiental.

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