Caminhada Ecológica e reflete sobre consequências do descarte incorreto do lixo

Os agentes populares ambientais da Estação Ecológica (ESEC) Caetés, em Abreu e Lima, realizaram, nessa terça-feira (11), sua 1ª Caminhada Ecológica. A ação foi fruto do Curso de Formação de Agentes Populares Ambientais da Estação Ecológica (ESEC) Caetés, executado pela Associação Águas do Nordeste (ANE). A atividade buscou sensibilizar a população que mora próximo à ESEC sobre a importância da unidade de conservação para o meio ambiente e explicou como fazer o descarte correto do lixo para moradores e lojistas.

Como os agentes não perdem tempo, o trabalho de educação ambiental começou no momento do convite. A cada morador e lojista, os agentes populares explicavam o que é uma ESEC, sua importância para o bairro, para o clima da cidade, para a preservação do meio ambiente e animais. “Idealizamos uma caminhada com intuito informativo e perceptivo para a população sobre o descarte incorreto do lixo. A data escolhida para ação coincide com a semana em comemoração aos 28 anos da ESEC Caetés”, contou a agente popular ambiental, Karol Gomes.

Durante o percurso de quase 2km, os mobilizadores contaram com um apoio muito especial: um boneco gigante do curupira, figura lendária do folclore brasileiro e que protege as florestas. O boneco foi feito pelo agente popular ambiental Salomão Ferreira e customizado pelos demais agentes populares ambientais.

A caminhada teve ainda um carro de som tocava canções que falavam sobre o valor do meio ambiente. Os defensores da ESEC distribuíram calendários com informações sobre a estação ecológica. De casa em casa e de loja em loja, os agentes dialogavam e buscavam relembrar do histórico de defesas do meio ambiente daquela população. “Contamos um pouco da história da estação ecológica e como foi importante a luta de cada um dos moradores para que a ESEC não fosse destruída e não virasse um aterro sanitário. Hoje, ela está prestes a completar 28 anos e ainda está em processo de reflorestamento”, explicou a agente popular ambiental Maria Fernanda do Nascimento, destacando que há um grande trabalho que precisa ser continuado.

Para as agentes, a conversa rendeu bastante. No diálogo, deu para perceber que a população esqueceu um pouco seu passado de luta em prol do meio ambiente. Há 28 anos, a comunidade lutou para que a área fosse preservada, atualmente muitos moradores não se lembram dessa conquista. Muitos não sabem que a área é uma reserva e conhecem o local como mata. Sobre o lixo, os moradores não reconhecem que eles mesmo que colocam lixo no entorno da ESCE. “Infelizmente, [os moradores] não colocam a culpa nos moradores que jogam o lixo. Eles dizem que não têm ferramentas para combater tais ações”, contou a agente Amália de Paula Rocha. Ao final da Caminhada, os participantes deram um abraço simbólico na reserva ecológica e prometem promover mais ações para incentivar a preservação da ESEC.

Projeto – O Curso de Formação de Agentes Populares Ambientais da Estação Ecológica (ESEC) Caetés é uma ação do Projeto homônimo ao curso e desenvolvido no âmbito do Termo de Colaboração nº 07/2017 (CPRH/ANE) e financiado com recursos oriundos da Compensação Ambiental. A ação contou com a participação do Serviço de convivência e fortalecimento de vínculo, do CRAS de Abreu e Lima; Representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS); Secretarias de Meio Ambiente de Abreu e Lima e de Paulista; Grupo de Escoteiro Eduardo Campos de Barreiros e contou com o apoio da prefeitura de Serviços Públicos de Paulista.

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